Eis que chegamos ! Estamos neste momento no pontilhão do porto da lage e a ponte que vêem a vossa frente intitula-se de ponte do porto da lage dai o nome da praia. Como já viram anteriormente trata-se de uma área já existente mas que se encontrava ao abandono e foi requalificada para dar espaço a um ponto de convívio como aquele que iremos fazer agora com este Pik Nic onde poderão degustar alguns dos sabores de Barroso e não só! Não tenham vergonha sentem-se numa mantinha e socializem, as pessoas que passam na nossa vida vêem sempre por um motivo!
Divirtam-se e voltem dia 21 MAIO para a nossa Caminhada do ALTO RABAGÃO onde iremos dar a conhecer o lado magico da Albufeira. OBRIGADO A TODOS PELA VISITA. PORQUE O QUE IMPORTA NÃO É O DESTINO MAS SIM A VIAGEM!
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Ponte Nova é o nome dado pelos habitantes da região a esta ponte original que segundo relatos está também enquadrada numa das via romanas secundarias da região, o que faz todo o sentido já que o trilho sofre bifurcação anteriormente e segue ao encontro da via principal novamente, seguindo por Vila da Ponte e depois pela aldeia de Ladruguães em direção a Braga.
Esta ponte marca o final de um corgo 13 de moinhos constituído por cascatas, falésias, ôlas( pequenos poços de profundidade causados pelas forças das águas) e pequenas lagoas como a que podem conseguir ver se olharem para a vossa direita, que fazem deste bocado de Barroso um dos mais mágicos da região. Estamos a chegar.. Falta só mais esta pequena subida! ;) Neste momento encontramos-nos numa das via romanas da região, esta no caso especifico pertencente à rota principal entre Bracara Augusta( BRAGA) e Aqua Flaviae ( CHAVES), este segmento do troço une a aldeia de Vila da Ponte a Friães( passando na ponte da Cambela já explorada no trilho da ceita) e por sua vez ligaria a Penedones via Pisões, acontece que com a construção da Barragem a via ficou submersa sendo um dos marcos Milenares ai existentes transportado para a aldeia de Viade de Baixo onde ainda hoje se encontra e onde existe também uma um rota secundaria romana.
Para aceder ao detalhe de todo o trajecto da via romana utilize este link ou peça ajuda a um dos nossos monitores: https://www.google.com/maps/d/u/0/viewer?mid=1qvkBIWbHE_NCBxwnL9PmGk1FyKXE7V8&ll=41.72922228712722%2C-7.87540163896266&z=13 As cunhas são uma zona da aldeia de Friães com caminhos talhados a pedra grossa colocadas muitas vezes umas sobre as outras em forma de cunha, dai o nome CUNHAS, estes trilhos são uma parte icónica da aldeia devido aos seus muros laterais altos que retalham os lameiros dos habitantes da aldeia. Este tipo de estrutura ajudava a condução dos animais para o destino, facilitando o seu trajecto, já que com muros de altura elevada os animais não tinham tanta tendência a avançar para terrenos alheios.
/E aqui chegamos a um dos locais mais mágicos da região..Escutem e sintam.. Caminhem com cuidado e deixem-se envolver na natureza.. POR FAVOR NÃO TOQUEM EM NADA DENTRO DOS MOINHOS.
São um total de 13 Moinhos (2 da Aldeia de Bustelo e 11 da Aldeia de Friães) infelizmente quase a totalidade está em muito mau estado e inoperacional tendo alguns deles acessos extremamente difíceis para uma caminhada deste género, mesmo assim esperamos que possam satisfazer a vossa curiosidade e sirvam para umas boas fotos. Quanto ao funcionamento do Moinho o mecanismo era engenhoso mas simples, resumidamente abria-se a passagem de agua para as levadas que por sua vez era canalizada para o CUBO que encaminhava para a SETEIRA( espécie de funil que dava pressão à água) agua que batendo forte nas penas/pás do RODÍZIO fazia girar o CABAÇO e o VEIO que por sua vez Fazia girar a MÓ dentro do Moinho. Já no Interior o grão colocava-se na TREMONHA que descia depois pela QUELHA/CANA descendo através de vibração accionado pelo TARABELO uma peça em cruz que fazia tremer a QUELHA fazendo com que o grão caísse dentro do OLHO DA MÓ sendo de seguida moido. Existia ainda um sistema de calibração da textura da farinha accionado pelo ALIVIADOURO/ BOIS DO MOINHO basicamente um sistema que regulava a altura que a Mó de cima se encontrava do POUSO(ou Mó DE BAIXO). Dentro de todo este processo existem outros elementos e detalhes não mencionados que fazem parte de todo o engenho. Para mais detalhes sobre os componentes do Moinho consultem os artigos PDF existentes na internet como o "o moinho do meu avô" por exemplo. Aqui estamos atravessando mais um bosque encantado, passando a ponte dos moinhos que atravessa as águas do Rio de S. Martinho, águas estas que serviam outrora de fonte de energia para o funcionamento dos moinhos movidos a água "D'auga" como dizia a população mais sábia. Estes moinhos foram durante muitos anos a ferramenta de moagem das farinhas para a posterior elaboração do pão e farináceos que se utilizavam na época sendo muitas vezes a única forma de alimento em casa das famílias menos abastadas. Um pormenor interessante sobre estes moinhos era o facto de serem comunitários sendo que cada um deles podia pertencer a varias famílias que muitas vezes tinham direito apenas a algumas horas da semana para procederem a moagem dos seus grãos. Outro pormenor também interessante é o facto destes moinhos se encontrarem algo desviados das Aldeias de Friães e Bustelo o que obrigava as famílias a usar os carros de bois para levar os sacos o mais próximo dos moinhos sendo depois necessário carregar o peso dos mesmos em força humana ( às costas ;)
Na foto podem ver as antigas Pondras que serviam de passagem do rio antes da existência da ponte. )Pois já no alto da aldeia de Friães, eis que vemos ao fundo a emblemaria capela da SENHORA DA SAÚDE, a padroeira de Aldeia e onde ao 3º Fim de Semana de Julho de cada ano se celebra uma grandiosa festa em honra desta santa que tanta devoção transmite e tantos milagres tem feito pela população da região.
Festa esta que foi muito tempo considerada uma das maiores festas religiosas da região sendo equiparada a festas de Vila como Salto ou Montalegre e tendo uma das mais bonitas procissões que percorre toda a aldeia com 6 andores repletos de Flores pedidos por quem tem promessas à santa. E com isto faremos a nossa pausa para reforçar e seguir viagem rumo aos tão aguardados moinhos! Não se esqueçam este verão de aparecer para mais uma cerimónia e também para um pé de bailarico que este ano promete! PS: Bom local para uma boa Foto Este pequeno trilho apesar de ser mágico e cheio de vida recorda-me tempos antigos de juventude onde sempre que podíamos escapar vínhamos para o parque infantil onde apenas só já restavam alguns baloiços e engenhocas enferrujadas pela falta de uso mas que mesmo assim nos faziam sorrir e socializar. Lembro-me perfeitamente do barulho "guinchante" a vibrante do rodízio de cadeiras enferrujado (já sem o fundo para sentar) em que o nosso objectivo era pô-lo a rodar de tal forma que o barulho emitido passa-se de irritante a quase imperceptível face a velocidade a rotação do mesmo.
Se olharem sempre a vossa esquerda irão reparar ainda em alguns vestígios de um parque infantil e quem sabe tirar uma boa foto à tal roda de Cadeiras! Como já foi mencionado Pisões possuiu um vasto leque de atracções a estruturas dignas de uma cidade( consta-se que possuía mais habitantes que Chaves, possivelmente não mas difícil de confirmar através dos dados disponíveis).
Uma das estruturas que mais me fascinava na altura era o centro desportivo e actividades existente na altura que proporcionava aos jovens actividades de lazer como Futsal, Voleibol, Piscina e actividades recreativas bastante avançadas para a época. Este Centro esteve em funcionamento durante alguns anos, sendo posteriormente a piscina Privatizada à Pousada EDP e os campos desportivos onde ainda num passado recente se realizavam torneios de futsal acabaram por ficar ao abandono. Pisões é uma aldeia recente nascida em 1958 no tempo da construção da Barragem do Alto Rabagão ( também conhecida por Barragem dos Pisões). Olhando para baixo e para cima conseguem-se ver marcas das construções deixadas pela HICA( Hidroeléctrica do Cavado) empresa que concessionava o projecto, aldeia dos Pisões que chegou a albergar cerca de 15.000 trabalhadores durante os anos da construção da barragem, altura em que existiu uma pequena cidade, com residências dos trabalhadores mas também muitos outros edifícios de apoio a essa mesma população laboral mas também para os seus familiares, como escola, hospital, igreja, lojas de venda, laboratórios, armazéns, bares e até um cinema. A Barragem dos Pisões (a maior barragem portuguesa até aparecer a do Alqueva) é hoje em dia uma das maiores atracções da região tendo ganho o prémio 5 estrela na escolha do consumidor de 2023.
Queres conhecer melhor a Barragem do Alto Rabagão e descobrir as suas praias fluviais ? Fala com a CEITA. |
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HorárioActividades:9am -9pm
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Telefone+351937819067
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RNAAT163/2020
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LocalizaçãoBairro de Lamelas nº1 5470-523 Friães Montalegre.
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